Mas Ni tipo Meh?

Tenho uma colega de curso que se apresentou como tendo um certo nome mas pediu que a tratassem por Ni. Pediu sem rir. E eu não sei como é que é suposto levar a sério uma pessoa que prefere ser tratada como Ni.
Fake it until you become it

o olá ao Outono II

Parece-me que as boas-vindas à nova estação ainda não foram inteiramente celebradas. Com a cabeça latejando levemente, o pingo permanente e a garganta completamente fustigada, já não há restinho de Verão que me arrebite.
Venham de lá esses chás e pijamas quentes.

sejamos graduais

Não gosto que as pessoas já comecem a bufar sobre as chuvadas que começam a cair ultimamente, sobre um frio pequeno que só é maldito porque geralmente é difícil ter boa disposição para o acatar no instante exacto em que ele vem, depois de se ter tido um bom Verão, não é verdade? A gente resmunga ao princípio mas isto não está perto de coisa invernosa. Nada disso. O Outono é algo que tem que ser bem recebido por si mesmo e que não pode ser encarado como um prenúncio de algo mais agreste, como uma resignação «pronto, agora é que isto se vai tornar cada vez mais feio...».

Sejamos graduais. Não há razão para nos precipitarmos. (Ou há? Será esta agitação um reflexo da pesada austeridade sobre os portugueses, em que já não conseguimos aceitar simples mudanças no quotidiano com receio de que alguém nos esteja a fazer por parvos e lá vamos nós cair na esparrela outra vez?)

o olá ao Outono




DAVID FONSECA
SEASONS TOUR – RISING : FALLING
Apresentação do novo disco
28 de setembro | 22h00 | Auditório Jorge Sampaio

alardear a ignorância

Alardear a ignorância por meio da gozação daquilo sobre o que se é ignorante parece ser um fenómeno cada vez mais visível em salas de aula universitárias. Um simples termo novo no vocabulário é capaz de suscitar risinhos infantis entre confidentes, como se o professor tivesse acabado de dizer «pénis» numa aula de Ciências Naturais do 6º ano.

um primeiro post que não faz alusão a «sol», «nuvens» ou «é tão difícil ser eu»

Acordei. Levantei-me da cama algo assombrada porque às 4h52 da manhã um número que eu desconheço ligou-me para o telemóvel que estava exactamente ao lado da minha almofada. O meu reflexo, com cinco quilos de sono em cima, foi rejeitar de imediato a chamada, já que a estas horas qualquer barulho pode acordar os monstros debaixo da minha cama e eu queria continuar a dormir serenamente, o que já não ia acontecer. Fiquei sem água durante a manhã: acontecimento assombroso número 2 do dia. Diante do espelho da casa-de-banho tomei nota mental de três expressões faciais que decididamente não posso usar em público (pelo menos, não enquanto tenho uma toalha na cabeça). Comi o almoço e fiquei insatisfeita; o meu problema não é a fome, seu estúpido. A pretexto de nada criei um blog. Ou talvez haja aqui gato.

update: telefonei para o número desconhecido. Que pessoas estranhas são estas que ligam por engano a uma pessoa às 5h da manhã e respiram de forma duvidosa ao telemóvel, altamente sinistro? Já não é a primeira vez que isto me acontece.